Com o objetivo de discutir a Marcha das Margaridas 2015 e a 4ª Ação Internacional da Marcha Mundial das Mulheres, o Seminário Nordeste de Formação, realizado de 7 a 9 de julho, em Fortaleza, foi encerrado com o sentimento de ânimo e motivação para as participantes. Durante o evento foram debatidas pautas como a conjuntura atual, a Marcha das Mulheres Negras a mobilização para a Marcha das Margaridas no Nordeste e a organização da 4ª Ação nos estados nordestinos. O Seminário teve a participação de mulheres representantes de diversos movimentos e segmentos sociais.
De acordo com Verônica Santana, do Movimento da Mulher Trabalhadora Rural do Nordeste, representante do estado de Sergipe, momentos como este realizado em Fortaleza contribuem para o fortalecimento e auto-organização das mulheres. “Sempre é um espaço muito importante, porque é um espaço que a gente vem nivelar nossas discussões, a nível regional, a nível nacional, e fortalecer essa unidade de todas as mulheres”.
Nalu Faria, coordenadora executiva da Marcha Mundial das Mulheres, avalia a atividade como gratificante: “O primeiro sentimento é de satisfação, de esperança e de ânimo. E além disso, com a Marcha das Margaridas, a 4ª Ação da MMM e com a Marcha das Mulheres Negras, a gente vê isso como um processo global de mobilização das mulheres no ano de 2015 e que mostra que realmente as mulheres de todos os setores do Brasil estão mobilizadas em torno de uma agenda feminista”.
Faltando um mês da realização da 5ª Marcha das Margaridas, o evento discutiu a participação e a mobilização das mulheres do Nordeste para esta ação. A expectativa é de que a Marcha das Margaridas possa fortalecer a parceria entre as organizações, entre os movimentos feministas. Na ocasião, uma pauta de reivindicações será entregue à presidenta Dilma Rousseff. Sarah Luiza, militante da MMM do Ceará e membro da assessoria da secretaria de mulheres da CONTAG em Brasília, fala sobre a necessidade de um diálogo com o governo federal: “A gente está vivendo um contexto político muito desafiador, e é muito importante entender que não só a CONTAG, mas os movimentos parceiros, como a Marcha, têm um posicionamento e o posicionamento é que nós somos contra qualquer tipo de golpe. A gente tem uma pauta que será entregue à presidenta Dilma, porque a gente acredita que é preciso e que é possível melhorar. Mas que isso seja feito através desse governo, que foi eleito democraticamente. Acreditamos que é com ele que a gente tem condições reais de diálogo e de construir políticas públicas para as mulheres, que de fato transformem a vida das mulheres do campo, da floresta e das águas”.