Brasília amanheceu diferente nesta quarta-feira, 12 de agosto. Cerca de 70 mil mulheres, vindas de todo o Brasil, saíram às ruas da capital do país rumo ao Congresso Nacional. Participantes da 5ª Marcha das Margaridas as mulheres exigem desenvolvimento sustentável, democracia, justiça com autonomia, igualdade e liberdade.
Ao som de palavras de ordem como “Fora já, fora já daqui, Eduardo Cunha e Levi”, as militantes anunciaram sua crítica às políticas econômicas do atual ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Além disso, as mulheres em marcha demarcaram sua ferrenha oposição ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que tem colocado na pauta da casa questões caras às mulheres como a terceirização e a redução da maioridade penal.
A coordenadora de Mulheres da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Alessandra Lunas, em sua fala no ato da manhã, ressaltou a defesa do Estado laico, dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres e a oposição à redução da maioridade penal. A principal pauta desta Marcha das Margaridas é aprofundar a luta contra a violência sexista e a ampliação de políticas especificas para as mulheres rurais, como a criação de creches nestas áreas.
Nas ruas, as militantes afirmaram sua defesa pela democracia, a necessidade de mais mudanças em prol delas e as conquistas obtidas através da Marcha. Para elas, a luta por justiça social, igualdade e liberdade é imprescindível neste momento de forte avanço do conservadorismo no Brasil.
Nalu Faria, da Marcha Mundial das Mulheres, reafirmou no encerramento a importância da Marcha das Margaridas em reunir uma ampla diversidade de mulheres que estão cotidianamente no combate às estruturas e relações de poder opressoras enraizadas em nossa sociedade.