No último sábado (5), foi lançada a Frente Brasil Popular, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, que tem por objetivo principal se consolidar como uma via da esquerda em resposta à atual conjuntura política e econômica, de luta contra os retrocessos conservadores. O encontro contou com a presença de mais de 2000 pessoas de 21 estados do país, entre militantes de movimentos, partidos, centrais sindicais e intelectuais.
A Frente Brasil Popular entende que a defesa da democracia, das reformas estruturais e de uma nova politica econômica são os dois pilares de sustentação para o combate das crises econômica e política que assolam o Brasil. A Frente destaca que a crise é do sistema capitalista e por isso não é local e sim global.
A Marcha Mundial das Mulheres é um movimento integrante da Frente, levando o feminismo para o debate e fortalecendo a união dos movimentos sociais. Na plenária de abertura, nos grupos de discussões e no encerramento, as mulheres estiveram presentes e atuantes dando voz às suas demandas e pautando a luta por uma sociedade mais justa, evidenciando que são as mulheres o grupo mais fragilizado e atingido pelos encaminhamentos liberais e retrógrados do congresso e do senado brasileiros.
Nalu Faria, da executiva nacional da Marcha Mundial das Mulheres, esteve presente na mesa de fechamento da conferência e de lançamento oficial da Frente Brasil Popular. Ela destacou a importância das mulheres negras, lésbicas, bissexuais, indígenas e quilombolas para o processo de sustentação da democracia brasileira e para que qualquer avanço politico, social ou econômico seja possível.
A Frente Brasil Popular encerrou o evento com um manifesto e se comprometeu a convocar para o dia 3 de outubro de 2015, um dia nacional de luta em defesa dos direitos das trabalhadoras e trabalhadores, contra o ajuste fiscal e contra todas as medidas de retirada de direitos que afetam o emprego e a qualidade de vida de todas e todos. A convocação é também pela reforma politica, judiciária, agrária, urbana e da comunicação; contra a redução da maioridade penal, o genocídio da população negra nas periferias, a corrupção, o financiamento empresarial das campanhas eleitorais e a criminalização dos movimentos sociais.
A Marcha Mundial das Mulheres se levanta junto à Frente Brasil Popular pela soberania nacional e pela vida das mulheres, e afirma: seguiremos em marcha até que todas sejamos livres!