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Campanha “Nosso corpo não tá pra jogo!” mobiliza mulheres no Rio de Janeiro

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Alguns dias antes dos Jogos Olímpicos, a Marcha Mundial das Mulheres do Rio de Janeiro lançou a campanha “Nosso corpo não tá pra jogo!”. A campanha pretende aprofundar nos territórios cariocas o debate sobre os impactos das Olimpíadas na vida das mulheres, como o turismo sexual e a violência policial. Com agenda cheia de atividades, a campanha da MMM já passou pela UERJ, Nova Iguaçu, Zona Oeste, Buraco do Lume e ainda passará pela Penha, Osvaldo Cruz, Méier, Cidade de Deus e as cidades de Niterói, Nova Friburgo e Petrópolis.
Nestes encontros, reuniu mulheres de diversas idades para rodas de conversa sobre o turismo sexual, a violência policial e a violência sexista e as realidades de cada região. Em Nova Iguaçu, fundaram o núcleo da Baixada Fluminense da Marcha Mundial das Mulheres. As companheiras produziram um jornal da campanha, para contribuir nos debates sobre a prostituição, a mercantilização e o avanço do capital sobre as mulheres. O material está disponível neste link.

“Nós, enquanto feministas que lutamos pela transformação do mundo e de nossas vidas, não podemos achar que seja normal e natural o uso dos corpos das mulheres para atrair turistas. Não podemos permitir que a sexualidade das mulheres seja mercantilizada, seja tratada como uma mercadoria. Nós problematizamos muito essa visão, que está sendo muito falada hoje, de que o corpo da mulher carioca é parte da paisagem do Rio de Janeiro”, diz Marianna Brito, da MMM-RJ.
A campanha marca o período das Olimpíadas, mas não se iniciou nem termina nela. Os acúmulos da MMM sobre os impactos dos megaeventos vêm da experiência das lutas na época da Copa do Mundo, em 2014. “Tentamos evidenciar como o turismo sexual está relacionado com a cultura do estupro e com práticas colonialistas, que ainda colocam as mulheres brasileiras numa posição de seres a serem explorados pelos estrangeiros, que vêm desvendar os mistérios de um Brasil selvagem”, diz Marianna. “As Olimpíadas, quando são feitas pelo capital, geram turismo sexual, remoções, violência, repressão às manifestações, estado de exceção”.
Além disso, as articulações com os movimentos, grupos e coletivos organizados nas regiões vêm de uma parceria que se intensificou em 2015, na 4ª Ação Internacional da MMM. “Nós fizemos um giro territorial em varias regiões do Rio. Por onde passamos, fizemos rodas de conversa sobre a desmilitarização dos corpos, vidas e territórios das mulheres. Com essa campanha, também queremos retomar essas articulações e esse método de fazer rodas de conversa, fundar núcleos da MMM em diversos territórios, e assim incentivar o debate a acontecer fora do centro da capital”.
As atividades da campanha estão sendo divulgadas no evento do Facebook. Confirme presença para receber as atualizações.
Próximas atividades:
Dia 19/08
Aula pública sobre turismo sexual e grandes eventos + oficina de zines
Arena Dicró, na Penha
Evento: https://www.facebook.com/events/156391941431576/?active_tab=posts

Dia 20/08
Roda de conversa sobre prostituição e cultura do estupro + oficina de batucada
Nova Iguaçu!
Evento: https://www.facebook.com/events/155599541532744/?active_tab=posts

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