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25/11: Mulheres de todo o país farão manifestações contra a violência sexista

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Sexta-feira, 25 de novembro, marca o Dia Latino-americano e Caribenho de Luta Contra a Violência às Mulheres. No Brasil, os casos de violência contra as mulheres são diários e numerosos, mas a luta feminista também é intensa e cotidiana. Neste 25 de novembro, as mulheres estarão mobilizadas pelas cidades de diversos estados do país, em marcha pelo fim da violência, do racismo, do machismo, da LGBTfobia, do conservadorismo e do neoliberalismo que avança com o governo golpista de Michel Temer. “É sempre importante frisarmos a forma como o avanço do conservadorismo é um dos mecanismos de expressão da violência sexista”, diz Maria Fernanda Marcelino, da MMM de São Paulo.

Inspiradas na greve das mulheres argentinas e na resistência feminista pelo Brasil e pelo mundo inteiro, exigimos: Nem uma a menos! Nem uma mulher com direitos a menos! Os cortes em direitos sociais e trabalhistas hoje são uma ameaça real, através da PEC 55/2016 (anteriormente chamada PEC 241/2016), que pretende congelar investimentos públicos em saúde, educação e assistência social.

“Estamos em sintonia com a paralisação nacional da Argentina e a luta de todas as mulheres da América Latina contra a violência, as mortes, o machismo, o racismo. Aqui estamos em uma grave situação. Quando se tem tanta violência, é preciso, além de mudanças estruturais na sociedade, também fortalecer as políticas públicas de atendimento, apoio e prevenção da violência contra a mulher. Os cortes de verba pública farão um verdadeiro desmonte da politica de assistência, do pacto nacional pelo enfrentamento à violência, da política de saúde e educação. Tudo isso aprofunda a violência no país e aumenta a dificuldade das mulheres vítimas de violência em receber apoio do Estado”, afirma Sonia Coelho, da MMM de São Paulo.

São Paulo

Na capital de São Paulo, as mulheres se encontrarão a partir das 14h, na Praça do Patriarca, centro de São Paulo. Durante a tarde, acontecerão oficinas, panfletagens, batucada, músicas, falas e confecção de cartazes. Às 18h, sairão em ato unificado pelas ruas do centro.

Em Campinas, a Marcha Mundial das Mulheres está com uma agenda de atividades contra a violência desde o início de novembro, em preparação para o dia 25. No dia 26, estarão presentes com sua batucada em uma panfletagem coletiva, junto a outras organizações e movimentos, na região central da cidade. No dia 25, se somarão ao ato em Sumaré, onde as mulheres se encontrarão às 17h na Praça das Bandeiras para uma manifestação nas ruas da cidade.

Rio Grande do Norte

Em Mossoró, a Marcha das Lanternas Lilás terá o mote “mulheres em resistência: construindo alternativas para um mundo melhor” e está sendo organizada pela Marcha Mundial das Mulheres e o coletivo Mulheres em Ação. A concentração tem início Às 17h, na Praça de Esportes do Nova Vida.

Amazonas

Em Parintins, a Marcha Mundial das Mulheres estará juntamente com outros movimentos e organizações em um ato na antiga Praça da Prefeitura, das 8h às 12h, com uma tenda de cuidados e saúde feminista e uma feira de economia feminista e solidária. As mulheres estarão reivindicando melhorias no funcionamento de programas e equipamentos públicos de combate à violência e de incentivo à autonomia das mulheres sobre suas sexualidades.

Em Manaus, a MMM, a CUT e outras organizações feministas farão uma vigília pelo fim da violência contra as mulheres, com ponto de encontro no Anfiteatro da Praia da Ponta Negra, às 17h.

Pernambuco

Em Recife, o dia 25 terá paralisações, greves e um ato unificado, com o lema “Nem uma mulher a menos, nem um direito a menos!”. Convocado pela MMM, pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e por centrais sindicais, o ato iniciará sua concentração às 15h na Praça do Derby.

Distrito Federal

Em Brasília, a Marcha Mundial das Mulheres organiza uma programação de formação feminista no dia 26/11, sábado, no SINDSEP, SBS Qd. 01, Bloco K. Às 9h, farão uma roda de conversa com o tema “O golpe e a vida das mulheres”. Às 11h30, a roda de conversa “Feminismo como forma de resistência”. Durante a tarde, acontecerá um bate-papo sobre as estratégias feministas de organização e resistência às 14h40 e uma oficina de batucada às 16h30.

Paraná

No dia 05/11, as mulheres organizaram um ato na rodoviária de Curitiba pelo fim da violência sexista. O mote foi os 8 anos de impunidade desde que Rachel Genofre, uma menina de 9 anos foi encontrada numa mala na rodoviária com sinais de violência física e sexual. Até hoje nenhum suspeito foi identificado. A Marcha Mundial das Mulheres também se organizou em novembro para um mini-curso sobre o conservadorismo e os impactos na vida das mulheres e esteve presente na audiência pública dos 10 anos da Lei Maria da Penha na OAB. Na segunda, dia 28/11, realizará em Curitiba uma oficina sobre feminismo popular e trabalho de base e, no dia 10/12, participará da 5ª pedalada pelo fim da violência contra as mulheres.

Tocantins

Entre os dias 21 e 23/11, as mulheres da MMM participaram da 5ª edição do evento Primavera sem Flores, na cidade de Araguaína. Durante os três dias, organizaram oficinas e atividades sobre feminismo e o enfrentamento à violência.

Sergipe

Em Aracaju, os movimentos sociais organizam o II Baile das Bruxas, um ato-show aberto, dia 25, às 17h, embaixo do Viaduto do Dia.

Minas Gerais

Em Belo Horizonte, o movimento de mulheres se encontrará às 11h para uma passeata. A concentração será na Praça da Estação.

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