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Nota pública da MMM em solidariedade à Juliana Cardoso

Nós, da Marcha Mundial das Mulheres, ressaltamos publicamente nossa solidariedade à vereadora Juliana Cardoso (PT-SP), pelas agressões sofridas na última sexta-feira, por dois assessores do vereador Fernando Holiday (DEM-SP). No dia 10 de fevereiro, Arthur Moledo do Val e Weslley Viera, depois terem sido frustrados em sua tentativa de constranger o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), invadiram uma reunião de assessora do mandato da vereadora Juliana Cardoso, que acontecia na sala de liderança do PT. Os sujeitos forçaram a entrada na sala por duas vezes, munidos de celulares e câmeras, e tinham como objetivo provocar aquelas e aqueles que estavam presentes na reunião com a finalidade de expor, constranger e atacar Juliana Cardoso e seu mandato. A premeditação comprova-se sem dúvida pelo relatório redigido pela GCM, em que se explica que momentos antes da invasão a sala de liderança do PT ela fora acionada para atender uma ocorrência que aconteceria no sexto andar!
Isso caracteriza a extrema violência com a qual o Movimento Brasil Livre (MBL) se instrumentaliza e que seu líder Fernando Holiday estimula. Não se trata de uma agressão ao Partido dos Trabalhadores, mas, sobretudo, um ataque contra a democracia e contra nós mulheres, pois irrompe o direito dos partidos e dos movimentos sociais se reunirem e se organizarem internamente. Desde então, Fernando Holiday tem mentido descaradamente nas redes sociais, distorcendo os fatos, caluniando e adjetivando Juliana de “descontrolada”, em uma nítida tentativa de deslegitimar as denúncias da vereadora. A postura dissimulada e misógina do ultraconservador Movimento Brasil Livre já nos é antiga conhecida, faz parte da lógica de seu líder a ofensiva irrestrita aos militantes de esquerda, ainda que isso custe violar o regimento da Câmara Municipal de São Paulo.
O vereador Fernando Holiday já protocolou um pedido de cassação do mandato de Juliana Cardoso, com base nas falsas denúncias que está espalhando por aí. Isso é preocupante, e ocorre a partir do precedente aberto a partir do golpe contra a presidenta eleita Dilma Roussef, que foi retirada de seu cargo sem provas reais.
Nós, enquanto um movimento internacional e permanente de mulheres, organizado na luta antissistêmica, contra o machismo, o racismo, o patriarcado e o capitalismo, acompanhamos a vereança de Juliana Cardoso desde o primeiro mandato e reconhecemos o quanto o seu trabalho, junto aos movimentos sociais, é essencial na luta por garantias e ampliação de direitos. Repudiamos qualquer ação que contrarie a democracia e desrespeite a luta das mulheres.
Desta forma, por assédio moral, agressão física e por quebra de decoro, endossamos o pedido da vereadora Juliana Cardoso e da Frente Brasil Popular pela cassação imediata de Fernando Holiday, visto que ele não possui quaisquer condições de prosseguir com o mandato.
MARCHA MUNDIAL DAS MULHERES
14 de fevereiro de 2017

Assinam está nota até o momento:
Marcha Mundial das Mulheres
Associação dos Movimentos da Moradia da Região Sudeste
Central de Movimentos Populares – CMP
Coordenação – Promotoras Legais Populares
Levante Popular da Juventude
Sec. Municipal de Mulheres do PT
Sec. de Mulheres Municipal do PC do B
Sec. Estadual de Mulheres da CUT
Sec. Nacional de Mulheres da CUT
UBM – União Brasileira de Mulheres da Capital de São Paulo
União de Mulheres de São Paulo
União dos Movimentos de Moradia da Grande São Paulo e Interior
Observatório da Mulher
CIM (Centro de Informação da Mulher)
MDM (Movimento Direito a Moradia)
Companhia Paulista de Dança
Núcleo de Estudos do Capital – PT (NEC-PT)
Joice Berth – Arquiteta e Urbanista

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