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As mulheres denunciam: chuva não mata, o racismo ambiental sim!

06/06/2022 por

Os últimos dias marcaram a história de Pernambuco (PE) e especialmente da Região Metropolitana do Recife. Vivenciamos mais um triste episódio de enchentes que deixaram mais de 120 vítimas fatais, pessoas desaparecidas e milhares de desabrigadas. As vidas ceifadas e a incerteza das condições mínimas para viver entre as pessoas que sobreviveram escancaram as desigualdades sociais de gênero, classe, raça presentes nos centros urbanos e em áreas rurais.

É a população negra periférica e a dos municípios rurais pobres que, sem infraestrutura adequada, enfrenta a ausência da garantia de condições dignas de moradia, da contenção de morros, as dificuldades de mobilidade, o não tratamento dos resíduos sólidos e de saneamento básico, sobretudo com a privatização desses serviços, entre outros problemas.

Nesse contexto, de racismo estrutural e ambiental, aumenta a sobrecarga de trabalho das mulheres, que são mais uma vez chamadas para gerir a crise e a desenvolver alternativas frente à fome, à perda da moradia, às doenças e à necessidade de manter o equilíbrio emocional das suas famílias.

Enquanto isso, os governantes atuam de forma morosa e ineficiente. Resgatam vítimas, ofertam assistências em abrigos, mas não garantem condições dignas de vida para o futuro. As medidas anunciadas pelo governo genocida de Bolsonaro, tais como o mero anúncio de kits para atender a população em situação de desastre (sendo que não há especificidade de quais são os equipamentos e utensílios), a liberação de FGTS ou antecipação de Benefício de Prestação Continuada, são medidas insuficientes, pois não atendem a grande maioria da população afetada, que não tem emprego e está excluída da política previdenciária, uma política que se tornou ainda mais restrita após as reformas neoliberais e que não incide diretamente sobre as causas do problema.

Desse modo, exigimos ações estruturantes de combate à pobreza, a garantia do direito à cidade e à alimentação e ações de apoio aos cuidados que devem ser responsabilidade do Estado e não uma solução realizada a partir do trabalho invisibilizado e desvalorizado das mulheres.

Continuaremos mobilizadas em ações solidárias e na luta por políticas públicas. Para isso, temos como ferramenta de massificação das lutas que temos construído a partir dos Comitês Populares de Luta.

Convocamos todas as mãos solidárias a seguir na luta política pelo Fora Bolsonaro, como tarefa número zero para sairmos do fosso do abandono em que se encontra o nosso país. Que tragédias como essa não se repitam em Pernambuco ou qualquer outro estado do Brasil. Que tenhamos dignidade, moradia, comida, educação, saúde e infraestrutura urbana e rural adequadas para vivermos.

Resistimos para viver!
Marchamos para transformar!

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