Agenda da Marcha Mundial das Mulheres na Cúpula dos Povos em Belém, Pará
08/11/2025 por @admin
Entre os dias 12 e 16 de novembro acontece a Cúpula dos Povos frente a COP-30, em Belém (Pará). Nós da Marcha Mundial das Mulheres nos somamos desde o início da construção deste processo autônomo dos movimentos sociais, que reunirá centenas de organizações para construir elaborações e uma agenda de lutas conjunta em defesa da natureza e dos povos.
Em aliança com os outros movimentos, estaremos posicionando nosso feminista anticapitalista, antirracista em defesa dos povos e da natureza. Denunciamos a captura dos espaços multilaterais como a COP pelas corporações, que só oferecem soluções falsas e insuficientes para o enorme desafio que estamos vivendo.
A Marcha Mundial das Mulheres estará com uma delegação de militantes sobretudo da região norte amazônica, mas também outros estados como Maranhão, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e também da MMM de outros países como Turquia, Palestina, Saara Ocidental, Quênia, Indonésia, Venezuela, Chile, Argentina e Peru.
Em agosto de 2025, mulheres do Pará e do Maranhão se encontraram em Mosqueiro, distrito de Belém (PA), para o Encontro Regional Amazônico da Marcha Mundial das Mulheres, com o tema “Alternativas feministas e populares para a justiça climática e o bem viver”. A atividade faz parte do calendário de ações da 6ª Ação Internacional da MMM. O encontro reuniu mulheres quilombolas, ribeirinhas, catadoras, agricultoras, artesãs, estudantes e militantes urbanas e resultou em uma Carta Política do Encontro Regional Norte-Maranhão (clique aqui para acessar a carta), que denuncia o avanço do capitalismo racista e patriarcal na Amazônia e reafirma os caminhos do feminismo como base para uma verdadeira justiça climática.
“Nós, da Marcha Mundial das Mulheres da Amazônia Brasileira, afirmamos que os avanços da Economia Verde impactam mais os territórios dos povos do campo, das águas e das florestas, mas esse é um tema que diz respeito também a quem está na cidade e atinge diretamente as periferias, reproduzindo o racismo ambiental através de uma política higienista como parte de uma engrenagem que é estrutural: a hegemonia do mercado financeiro em todos os níveis que visa, a todo custo, lucrar com a exploração da vida e do trabalho das mulheres, privatiza a riqueza, os patrimônios materiais e imateriais públicos e culturais, socializa a miséria, a repressão e a destruição ecológica do planeta. Isso aparece no poder que as corporações e os bancos têm sobre o Estado, na precarização do trabalho e das condições de vida – o que faz com que a carga de trabalho das mulheres aumente ainda mais – e na expansão capitalista através da economia verde.“
Confira abaixo a programação da MMM na Cúpula dos Povos ou então baixo o PDF clicando no botão:


