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Quem somos?

Feminismo em marcha até que todas sejamos livres!

Mudar o mundo e mudar a vida das mulheres em um só movimento. Igualdade para todas. Fortalecimento de espaços coletivos das mulheres: populares, autônomos e diversos. Ações com criatividade para enfrentar o capitalismo patriarcal, racista e lesbobifóbico. Construção de alianças com os movimentos sociais em luta para transformar o mundo. Vincular o trabalho permanente em âmbito local com os temas e processos globais. Solidariedade e internacionalismo. São estas as principais características que levaram à construção da Marcha Mundial das Mulheres como um movimento permanente no Brasil e em todo o mundo.

Como nos organizamos

Auto-organização
Auto-organização

Atualmente, a MMM está organizada em 20 estados do  Brasil. Nos organizamos em núcleos e comitês, nas cidades e estados, e há duas maneiras para participar. Os grupos de mulheres que tenham identidade política com a MMM, podem aderir coletivamente. Mas, as mulheres que não são de nenhum grupo podem entrar em contato direto com os núcleos e comitês para se integrar na dinâmica da Marcha.

A cada reunião nacional, os comitês estaduais indicam representantes para participar. Além disso, uma coordenação executiva é responsável pelo seguimento das tarefas e processos. No 9º Encontro Internacional da MMM, em 2013, o coletivo de comunicadoras foi formado. Seu objetivo é construir uma comunicação popular e feminista, em convergência com os movimentos sociais, integrando o feminismo da MMM nas redes, ruas e roçados.

Nossos princípios e processos 

Na Marcha vivemos a diversidade não apenas do ponto de vista internacional, mas também entre as próprias brasileiras. Somos tão diferentes e tão iguais. Temos uma identidade política construída cotidianamente através de um processo simbólico contínuo. A música nos une, mesmo com a variedade de letras compostas por cada país. Colocamos o logotipo em nossas roupas, e quando vemos esse símbolo sabemos que ali tem gente lutando para transformar o mundo.

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Batucada feminista

Aprendemos a envolver um grande número de mulheres que chegam com suas histórias de vida e militância, demos conta de promover uma interação e aprendizagem mútua e, a partir disso, construir novas sínteses e pontos de partida na busca de uma utopia comum, no que queremos vir a ser. Nossa unidade se dá através da ação. Todas as mulheres marcham, se organizam e estão nas ruas, nos enfrentamentos. E assim criamos uma relação de confiança entre nós. 
Compreendemos que a igualdade só existirá de fato se alcançar o conjunto das mulheres. Isso remete não só à incorporação da dimensão de classe, mas também às outras formas de opressão e discriminação com que vivem as mulheres, como é a questão da opressão racial, da sexualidade e de geração.

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Mulheres em marcha na Cúpula dos Povos, 2012. Foto: Jéssika Martins.

Somos todas feministas!

Para nós, não existe uma separação ou hierarquia entre um movimento de mulheres e um movimento de feministas. É a partir de um forte movimento de base, popular, do campo e da cidade que poderemos construir uma prática feminista que seja parte das lutas por mudanças. Com a participação, formação e radicalização, o conjunto das mulheres vai incorporando de forma mais consciente e explícita o feminismo.

A experiência feminista é de construção de uma nova identidade coletiva das mulheres e de seu reconhecimento como sujeitos. Isso significa também forjar uma nova subjetividade, de desmercantilização da sexualidade e de autonomia. E é como parte dessa visão que o feminismo se posiciona sobre a necessidade de coerência entre vida privada e pública, e de construção de novas relações. A existência de contradições entre o que defendemos na esfera pública e nossa vida pessoal, nosso cotidiano, precisa ser reconhecida e enfrentada de forma crítica.

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Visibilidade lésbica no Encontro Internacional da MMM, 2013.

Se cuida, se cuida seu machista: a América Latina vai ser toda feminista!

A utopia do feminismo anticapitalista aponta para um questionamento global do modelo atual e para a construção de novas práticas que buscam superar as falsas dicotomias, que opõem razão e emoção, objetivo e subjetivo, público e privado.

Fazem parte da estratégia da Marcha ações com muita criatividade que partem da experiência concreta e do conhecimento das mulheres. É fundamental a utilização de outras formas de expressão, para além da linguagem verbal. A combinação das práticas de educação popular e as dos grupos de reflexão feminista é a base para a construção da MMM.

Em marcha até que todas sejamos livres!
Em marcha até que todas sejamos livres!

Não só a globalização de nossas lutas, mas também a construção de uma força mundial, com ações enraizadas em cada local, poderá ser capaz de garantir um processo emancipatório irreversível.

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