Crítica feminista a o poder corporativo: acesse o livro e as animações
Enfrentar o poder das transnacionais é enfrentar o capitalismo racista e patriarcal. Esses materiais tem como objetivo fortalecer o feminismo anticapitalista e antirracista, construído pelas mulheres que, em movimento, resistem para viver, e marcham para transformar.
Neste mês de agosto, entram no ar o livro virtual e a série de vídeos Crítica feminista ao poder corporativo. O material é resultado do processo de elaboração feminista para a 5ª Ação Internacional da Marcha Mundial das Mulheres, que tem a denúncia das empresas transnacionais como um eixo central. “Resistimos para viver, marchamos para transformar” é o lema desta 5ª Ação, combinando a luta pela sustentabilidade da vida e a resistência nos territórios à proposta de alternativas e à urgência de uma transformação radical da sociedade. A organização e produção dos materiais contou com o aporte de companheiras da Marcha Mundial das Mulheres do Brasil, da SOF Sempreviva Organização Feminista e de integrantes do Comitê Internacional da MMM, além das contribuições organizadas em debate regional das Américas.
O livro Crítica feminista ao poder corporativo reúne artigos de Nalu Faria, Marianna Fernandes, Tica Moreno, Natália Lobo e Taís Viudes. Os textos se debruçam sobre a atuação das empresas transnacionais na precarização e digitalização do trabalho, na intensificação da divisão internacional, sexual e racial do trabalho, na exploração da natureza e na mercantilização do feminismo (pela chamada “maquiagem lilás”). Lançamos o livro, inicialmente, em português e espanhol, disponível gratuitamente para baixar.
O livro é acompanhado pela série de três animações, disponibilizadas em português, espanhol, inglês e francês. Os vídeos introduzem, de forma bem explicativa, o funcionamento do poder corporativo a partir de três setores e colocam também as nossas propostas feministas alternativas. Em #1: O trabalho precário, mostramos a trajetória da produção de uma roupa, passando pelas cadeias globais de produção, pelo monocultivo do algodão, a produção industrial e as lojas de departamento. Em #2: A alimentação, o caminho feito por um tomate até se tornar ketchup é confrontado pelo caminho (mais saudável e justo) de um tomate agroecológico. E, em #3: A digitalização, os dados extraídos das nossas vidas e que saem dos telefones celulares fazem seus trajetos rumo aos destinatários, passando por cabos submarinos e por servidores dos Estados Unidos.
Enfrentar o poder das transnacionais é enfrentar o capitalismo racista e patriarcal. Esses materiais tem como objetivo fortalecer o feminismo anticapitalista e antirracista, construído pelas mulheres que, em movimento, resistem para viver, e marcham para transformar.