Com especial esperança e alegria, mulheres de todo Brasil, trabalhadoras do campo, da floresta e das águas, unidas às mulheres trabalhadoras das cidades, realizam, nos dias 11 e 12 de agosto, a 5ª Marcha das Margaridas.
É uma realização em memória de Margarida Maria Alves, 1ª presidenta do Sindicato de trabalhadoras/es rurais de Alagoa Grande, na Paraíba. Por defender direitos trabalhistas, inclusive o registro em carteira, foi assassinada, a mando de latifundiários, no dia 12 de agosto de 1983.
No ano 2000, aconteceu a 1ª Marcha com o tema “2000 razões para marchar contra a fome, a pobreza e a violência sexista”, com 20 mil trabalhadoras rurais em Brasília, em uma adesão à Marcha Mundial das Mulheres.
Na 2ª Marcha das Margaridas, 50 mil mulheres de todo Brasil inundaram Brasília anunciando “2003 razões para marchar por terra, água salário, saúde e contra a violência”.
Em 2007, no final da 3ª Marcha, o Presidente precisou mudar sua agenda para responder à extensa pauta de 114 reivindicações apresentadas pelas trabalhadoras rurais. Com muita garra, elas se afirmaram como sujeitos políticos em busca de reformas nas estruturas que ainda sustentam as desigualdades e discriminação no Brasil.
Em 2011, 70 mil mulheres, de todo Brasil, marcharam sob o lema “2011 razões para marchar por desenvolvimento sustentável, com justiça, autonomia, igualdade e liberdade”.
Agora, neste ano de 2015, com garra e criatividade, nós, mulheres de todo Brasil, nesta 5ª Marcha das Margaridas, “vamos traduzir nossos problemas em propostas de mudanças para uma vida digna no campo e na floresta”.
Muito bem organizadas, desde o início do ano, fizemos muita campanhas para angariar fundos para realizar mais essa Marcha. Como bem disseram desde as reuniões preparatórias , “seguimos acreditando que a ousadia, a solidariedade e a criatividade de cada Margarida florescerão ainda mais fortes, jogando sementes férteis para mudar a vida de cada mulher trabalhadora do campo, da floresta e das águas”.