Marcha Mundial das Mulheres Em marcha até que todas sejamos livres!
Diversos movimentos sociais e organizações do Comitê de Mulheres Contra o Golpe se reuniram hoje (02) pela manhã para cobrar o voto da senadora Marta Suplicy com relação ao impeachment.
Marta Suplicy foi eleita senadora pelo PT, com uma agenda progressista e em defesa das mulheres. Após romper com o partido e filiar-se ao PMDB, a senadora paulista tem se posicionado com declarações favoráveis ao impeachment da presidenta Dilma, mesmo que esta não tenha cometido nenhum crime em seu mandato presidencial. As mulheres organizadas foram até seu escritório, em São Paulo, para cobrar que Marta cumpra o mandato conforme a agenda pela qual foi eleita e vote contra o golpe.
As mulheres presentes entregaram um documento exigindo que Marta seja coerente com sua trajetória, e que respeite suas eleitoras, que votaram nela por uma pauta e agenda política progressistas e democráticas, contra os retrocessos conservadores. Exigiram que não desrespeite os votos que lhe foram conferidos e o trabalho feito em defesa de seu nome, inclusive de ataques machistas, que partiram desde anos atrás até hoje de políticos ligados ao PMDB.
“Não podemos tolerar que uma mulher que se elegeu com um discurso feminista agora defenda o golpe. Não podemos esquecer que esse golpe é, além de tudo, extremamente machista, e Dilma é vítima de muitos ataques semelhantes aos que já foram feitos com a própria Marta”, afirmou Maria Fernanda Marcelino, da Marcha Mundial das Mulheres de São Paulo.
A ação faz parte de uma série de atividades das Mulheres Contra o Golpe. Desde o início do processo do impeachment, as mulheres tem denunciado o caráter patriarcal do golpe, que ataca a presidenta por ser mulher, e busca retroceder nos direitos conquistados pelas mulheres nos últimos anos no que diz respeito à autonomia, ao trabalho, ao combate à violência e à pobreza, ao avanço rumo à igualdade.
