Frente Nacional leva “Plataforma Para Autodeterminação Reprodutiva, Direito ao Abort0 e Justiça Reprodutiva no Brasil” para a 5ª CNPM em Brasília
26/09/2025 por @admin
Dia 28 de setembro: Dia Latino-americano e Caribenho pela legalização do aborto e estaremos nas ruas de todo o Brasil em defesa da autonomia dos nossos corpos e sexualidades!
Aprendemos com nossas companheiras indígenas, quilombolas, dos campos, florestas e águas, que nosso corpo é nosso primeiro território. E seja nas áreas rurais e urbanas, todas nós lutamos para viver nossos corpos e sexualidade livres de padrões opressores do capitalismo patriarcal racista, hetero-cis-normativo.
Exigimos a legalização do aborto e sua descriminalização para que nenhuma mulher, menina, e pessoas que gestam sofram, se mutilem ou morram por decidir não seguir com uma gestação indesejada. Denunciamos a ação do mercado sobre os nossos corpos, que explora e quer nos transformar a vida em mercadoria, pedofilia em consumo e corpos em objetos.
Rejeitamos a lógica da indústria farmacêutica que nos fragmenta e adoece a serviço do lucros das mesmas empresas transnacionais que vendem medicamentos e agrotóxicos.
O direito ao aborto é fundamental para a autonomia das mulheres, meninas e pessoas que gestam, e por isso estamos em luta pela sua legalização e descriminalização!
Por isso, nós, da Marcha Mundial das Mulheres (MMM), como uma das entidades nacionais que compõem a Frente Nacional Contra a Criminalização das Mulheres e Pela Legalização do Aborto, nos somamos as demais organizações feministas e de mulheres rumo a 5ª Conferência Nacional de Política para as Mulheres (CNPM) que acontece na próxima semana em Brasília para pautar a autonomia dos corpos e sexualidades das mulheres e todas as pessoas que gestam!
Saiba mais sobre a Plataforma, acesse o documento clicando aqui.
“A Plataforma Para Autodeterminação Reprodutiva, Direito ao Abort0 e Justiça Reprodutiva no Brasil*. Este é um documento vivo, produzido coletivamente pelos movimentos e organizações que formam a Frente Nacional Contra a Criminalização das Mulheres e Pela Legalização do Aborto.
Nos guiamos por 3 marcos políticos – autodeterminação reprodutiva, direito ao ab0rt0 e justiça reprodutiva – em torno do quais organizamos nossas lutas e demandas ao lado da sociedade brasileira que não está de acordo que mulheres e pessoas que gestam sejam presas por ab0rtar ou corram risco de vida sendo obrigadas a parir gestações que coloquem em risco sua vida e sua saúde psicológica e emocional.
Também nos somamos a todas as forças sociais que lutam contra o absurdo crime do estado brasileiro contra milhares de meninas que são obrigadas a parir a cada ano no Brasil pela absoluta falta de acesso aos direitos humanos mais basilares: saúde, educação e proteção às suas infâncias.
Estamos desde 2008 nos articulando em torno da convicção de que abort0 é um direito humano e nenhuma pessoa deve ser presa, maltratada ou humilhada por ter feito um abort0. Esta Plataforma se assenta no acúmulo político desta trajetória em conjunto, e nos lança em direção a um único horizonte utópico: a Justiça Reprodutiva para todas, todes e todos!”