O que é a militarização da vida? Como ela se articula com o poder corporativo e dos Estados? Como a militarização impacta a vida das mulheres?
Três companheiras feministas nos ajudam a refletir sobre a quem interessa militarizar vidas, corpos e territórios.
Nesta edição do Fúria Feminista, uma produção da Radio Mundo Real (RMR) e da Marcha Mundial das Mulheres (MMM), compartilhamos algumas reflexões de Indra Rocha, militante da MMM no Rio de Janeiro (RJ), de Dara Sant’Anna, da Marcha no RJ e do Movimento Negro Unificado (MNU), e de Lyda Forero, da Integración de Educación Ambiental y Social (Ideas).
Ouça aqui.
Em maio, as três militantes participaram de um debate sobre a militarização e o racismo em três contextos diferentes: Jacarezinho (Brasil), Colômbia e Palestina, organizado pela MMM Brasil.
A militarização da vida não acontece apenas em contextos de guerra, tampouco se resume às instituições militares concretas. Trata-se também de um sistema de controle baseado na influência e na presença de formas, normas, ideais e fins militares na sociedade como um todo.
No capitalismo patriarcal, a intenção da dominação se materializa na exploração e acumulação de riquezas presentes nos territórios ou na própria força de trabalho de mulheres e homens. Os mecanismos para exercer o controle e a dominação são efetivados por meio de instituições, valores e políticas que tentam justificar seus fins, mediante a aceitação e obediência. Por isso, o patriarcado e o racismo são essenciais para o desenvolvimento da lógica militar.
Neste programa, também recordamos Berta Cáceres, defensora do povo lenca que denunciou a militarização dos territórios e lutou contra o golpe de Estado em Honduras, atuando como coordenadora do Conselho Cívico de Organizações Populares e Indígenas de Honduras (Copinh). Nos próximos dias, deve ser conhecida a sentença sobre Roberto David Castillo, um oficial de inteligência e empresário, acusado de ser um dos autores intelectuais do feminicídio da feminista ambientalista, cometido em 2 de março de 2016. Com nossa fúria feminista, também exigimos “Justiça para a Berta!”.
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