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Mulheres em Marcha em defesa de Lula e da democracia

Devido ao julgamento em segunda instância do ex-presidente Lula no TRF-4, hoje, 24, desde o dia 22, panfletagens nas praças, nos sinais de trânsito, lançamentos e instalações de comitês populares somado à atividades político-culturais e vigília fizeram parte da luta pela democracia e pelo direito de Lula ser candidato. E em todo o país, as mulheres da Marcha Mundial constroem, junto à Frente Brasil Popular, a resistência que ficará escrita na história.

Em Porto Alegre, milhares de pessoas, vindas de várias partes do Brasil e outros países como Argentina, Uruguai e Cuba, participaram das atividades de mobilização. A programação foi intensa. Já na segunda pela manhã, as marchantes participaram do Seminário Internacional – Diálogos Internacionais sobre Democracia, ato de juristas e intelectuais em defesa da democracia que contou com a presença de diversos nomes do cenário nacional e internacional.

Na parte da tarde, as militantes da MMM organizaram uma roda de conversa no acampamento dos movimentos sociais montado para acompanhar o julgamento do Lula. Como debatedoras, Nalu Faria da coordenação da MMM, Moara Correia, ex-vice presidenta da UNE, e Ana Clara Franco, Diretora de Mulheres da UNE, fizeram uma análise de conjuntura feminista. Na ocasião, Nalu Faria lembrou que foi a partir da articulação com as mulheres da Frente Brasil Popular que foi possível realizar, em 2017, o maior 8 de março já visto e alertou: “temos, então, o desafio de sempre ampliar, de chegar onde as informações geralmente não chegam para as mulheres. Após o julgamento deste dia 24 de janeiro, é preciso realizar uma reflexão coletiva sobre o que fazer para vencer o golpe e que democracia queremos, sem deixar de reafirmar nossa pauta na luta contra todas as formas de violência e pela autonomia do corpo das mulheres e a legalização do aborto.”

Ana Clara convocou para o 8º encontro de mulheres estudantes da UNE que acontecerá nos dias 30, 31 de março e 01 de abril na Universidade Federal de Juiz de Fora, em Minas Gerais e reforçou que o combate aos retrocessos e ao avanço do conservadorismo será parte do debate porque “as mulheres jovens sentem todos os dias o desafio de enfrentar o conflito do capital contra a vida. As mulheres seguem em luta nas universidades, no mundo do trabalho, nos movimentos anticapitalistas, do campo e da cidade, pois sabem que é através do movimento organizado que, de fato, poderemos construir uma sociedade mais justa para todas”.

Dilma

Na terça, 23, o dia começou muito cedo com o Seminário organizado pelo Comitê Mulheres pela Democracia que aconteceu no Teatro Dante Barone com a participação de mil mulheres dentro do teatro e mais de quatro mil que ficaram do lado de fora, na praça da Matriz. Após o chamamento da batucada feminista que energizou o plenário, as luzes se apagaram e, então, as mulheres decidiram ocupar as ruas. Com palavras de ordem e falas de várias lideranças de diversos movimentos sociais, o ato foi finalizado com as palavras da presidenta Dilma que disse: “Nós mulheres demonstramos mais uma vez, junto com todos os companheiros que estão aqui nos prestigiando, que nós sabemos resistir”.

Seguido do ato das mulheres pela democracia, o centro de Porto Alegre foi tomado por mais um ato que reuniu mais de 70 mil pessoas para ouvir as palavras do ex-presidente. E, com as intervenções artísticas, teve início a instalação da Vigília pela Democracia no Anfiteatro Por do Sol que seguiu firme noite adentro com ato político cultural e atento ao julgamento.

batucada

A luta construída pelas mulheres em defesa da democracia e de Lula faz parte da agenda de enfrentamento ao golpe para que a igualdade entre mulheres e homens possa avançar. É em um país democrático que se pode lutar e mudar a vida. Por isso, as mulheres seguem em marcha.

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