Cinquenta mulheres estudantes participaram, nos dias 24 e 25 de novembro, do Seminário “Mulheres e Universidades”, realizado pela Marcha Mundial das Mulheres em parceria com os DCEs da UNILAB, IFCE e UFC no Ceará.
As discussões foram sobre os desafios das mulheres nas universidades, dando ênfase às situações de violência que tem sido cada vez mais frequentes.
O seminário começou no Instituto Federal do Ceará, com uma roda de conversa sobre “Os desafios das mulheres em tempos de golpe”. Em seguida, as mulheres seguiram para a UNILAB – Universidade da Integração da Lusofonia Afro-Brasileira na cidade de Redenção, onde aconteceu a mesa “Com Vocês Ando Melhor”.
Nesse espaços as mulheres da UNILAB compartilharam os desafios que enfrentam: em menos de um mês houve uma tentativa de feminicídio e um caso de agressão física na universidade. Mas também compartilharam as ações que têm feito para acolher as mulheres, as denúncias e cobranças para que a instituição tome medidas para enfrentar a violência.
No dia 25, as atividades aconteceram na Universidade Federal do Ceará. Durante a manhã foi realizada uma oficina sobre divisão sexual do trabalho e a mesa “A Violência Contra Mulher Não é o Mundo Que a Quer”, composta pela diretora de mulheres do IFCE, uma coordenadora do DCE da Unilab e uma companheira que integra o NAH (Núcleo de Acolhimento às mulheres vítimas de violência) da Universidade Estadual do Ceará. Durante a tarde foi realizada uma oficina de batucada e a última mesa do seminário com o tema: “Mulheres em Movimento Mudam o Mundo”, com a participação do coletivo Damas Cortejam, uma líder comunitária, e uma integrante do comitê da MMM na UFC.
Para o fechamento do seminário, as estudantes organizaram o ato-show: “Cê vai se arrepender de levantar a mão pra mim”, que reuniu mais de mil pessoas na Concha Acústica da UFC. Pela primeira vez, esse palco recebeu apenas mulheres artistas, como a Dj Lolost, Carolina Rebouças, Roberta Kaya, Luiza Nobel Damas Cortejam.
Esse seminário marca um processo de fortalecimento e reorganização das militantes da MMM nessas universidades. As mulheres definiram tarefas de fortalecer os comitês da MMM em cada universidade, e também com o combinado de realizar mais ações conjuntas entre as universidades, fortalecendo as agendas gerais da Marcha no Ceará.