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Não às armas, não à violência, sim à vida

A Marcha Mundial das Mulheres manifesta sua solidariedade às famílias e amigos dos atingidos no massacre acontecido na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano/SP. A tragédia deixou 10 mortos, entre funcionárias da escola, estudantes, um comerciante e os dois atiradores, além de diversos feridos.
Denunciamos esse atentado como mais um resultado da política de incitação à violência, de intolerância e de ódio, que vem sendo estimulada pelo governo e família do atual presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e seus apoiadores, especialmente aqueles vinculados à indústria bélica.
Entendemos que os jovens praticantes do atentado são também vítimas de um modelo patriarcal e capitalista, que constrói uma masculinidade baseada na militarização, nas armas, na força, no autoritarismo, na ausência de espírito crítico, no racismo, na misoginia, na exploração do outro, na desigualdade e na violência, seja física ou verbal. É um modelo insustentável, onde a própria violência se torna mercadoria comum, consumida e banalizada desde a infância na forma de filmes, videogames e espaços online que glorificam a vingança como saída para as frustrações.
Repudiamos as declarações que insistem no armamento de professores e na ampliação da venda de armas como solução para a violência. Dizemos não aos decretos que facilitam sua posse: mais armas levarão apenas ao aumento de feminicídios e ao genocídio da população pobre, negra e jovem.
Denunciamos o desmonte do Estado e das políticas sociais, representadas pelas reformas Trabalhista e da Previdência e a emenda constitucional 95/2016, que congelou os recursos para Educação, Saúde e Assistência Social por 20 anos, bem como as ameaças de guerra contra a Venezuela. Tais medidas, somadas a uma política de educação ineficiente e precária no governo do estado de São Paulo (há mais de 20 anos!), apontam para um futuro sem perspectivas para a juventude e só resultarão no aumento do desemprego, da pobreza, da insegurança pública e da violência.
Reafirmamos nosso compromisso com a paz e com a luta por uma sociedade justa e igualitária.

 

Resistimos para viver, marchamos para transformar!
Marcha Mundial das Mulheres

 

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