Nós, da Marcha Mundial das Mulheres, viemos por meio desta expressar nossa solidariedade com as trabalhadoras e trabalhadores da Ocupação Mauá. Surgida em 2007, no prédio abandonado do antigo Hotel Santos Dumont, na região da Estação da Luz, a ocupação vem sofrendo sistemáticas ameaças de reintegração de posse por parte dos proprietários e da justiça do Estado de São Paulo.
Mais uma vez o judiciário brasileiro mostra que tem lado e que advoga em causa própria, são os mesmos articularam o golpe que rompeu com a democracia e que a aprofunda a crise e a retirada de direito da classe trabalhadora e que usufruem dos mais altos salários do país, com recursos públicos e uma série de benefícios impensáveis para o restante dos trabalhadores.
Não nos esqueçamos das recentes ações na região da Luz (conhecida como Cracolândia) e da brutalidade contra os indígenas nas aldeias do Jaraguá, na zona norte da cidade. Por isso denunciamos com indignação as ameaças de reintegração de posse e alertamos para o processo em curso de higienização de São Paulo, promovidos pelo governo do Estado e pela Prefeitura de São Paulo, respectivamente sob a tutela de Geraldo Alckmin e João Dória.
Viva a luta do povo sem teto. Se morar é um direito, ocupar é um dever!