A Marcha Mundial das Mulheres manifesta sua solidariedade a todas as famílias e companheiros/as do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) frente ao brutal ataque armado executado contra o assentamento Olga Benário, em Tremembé, estado de São Paulo, na sexta-feira, 10 de janeiro de 2025. O crime vitimou homens, mulheres e crianças e resultou na execução da liderança do MST, Valdir do Nascimento, de 52 anos, com vários tiros na cabeça, e de Gleison Barbosa de Carvalho, de 28 anos, que faleceram no local, além de outros seis feridos, pelo menos um deles, Denis Carvalho, em estado muito grave.
Trata-se de um crime político promovido pelos mesmos interesses econômicos que transformam nossos bens comuns e serviços públicos em propriedade privada, promovem a especulação imobiliária, espalham armas e militarização pelo nosso país, violentam mulheres e crianças e envenenam nossa comida liberando agrotóxicos. São os mesmos que difundem mentiras para incentivar e legitimar a violência contra trabalhadores/as do MST, companheiros/as que seguem firmes na resistência coletiva por terra, vida e dignidade.
- Repudiamos as narrativas das autoridades policiais do estado, governado por Tarcísio de Freitas, que tentam desviar o foco da investigação desses interesses e encobrir a verdade.
- Exigimos apuração rigorosa e punição para os criminosos e os mandantes dos crimes.
- Saudamos o governo federal pelo envolvimento da Polícia Federal na investigação.
Reforçamos a luta para que seja dado pronto andamento aos processos de demarcação e regularização dos assentamentos do MST pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Neste ano de 6ª ação internacional da Marcha Mundial das Mulheres, reafirmamos nosso compromisso comum de construção de uma sociedade fundada na igualdade, solidariedade, liberdade e justiça afirmando:
“Seguiremos em luta contra o capitalismo e as guerras, por soberanias populares e bem viver!”
Marcha Mundial das Mulheres
12.01.2025