Sábado, dia 12, a Marcha Mundial das Mulheres em São Paulo realizou sua primeira plenária estadual presencial depois de um período intenso de luta. Participaram cerca de 50 marchantes, de dez cidades de São Paulo (Botucatu, Campinas, Diadema, Guarujá, Osasco, Peruíbe, Registro, São Bernardo do Campo, São Paulo e Ubatuba). Na discussão sobre a conjuntura política, foi enfatizado o orgulho que sentimos de nossa palavra de ordem desde 2019: Fora Bolsonaro! As mulheres brasileiras foram fundamentais para derrotar, nas eleições, uma direita organizada como não se via no Brasil desde os anos 1930.
Em grupos de discussão, foram apontadas nossas principais tarefas para 2023: enfrentar a direita e fazer a disputa na sociedade afirmando o projeto feminista anticapitalista, antirracista, anticolonial, contra a lgbtfobia da Marcha, em contraposição ao feminismo liberal.
Para isso é necessário enraizar a Marcha nos territórios. Eis a segunda tarefa principal: formar mais núcleos, com participantes de diferentes segmentos da sociedade, de forma a refletir a diversidade da própria marcha, que conta com a participação de mulheres negras, indígenas, das periferias, de todas as idades. Esta organização também passa por ações de formação, por uma estratégia de comunicação popular e pelo desafio de criar mecanismos de autofinanciamento.
A plenária formou uma coordenação estadual com participação de companheiras de Campinas, Ubatuba, Vale do Ribeira, regiões Sudeste, Sul e Leste da capital.
A próxima plenária será dia 21 de janeiro, com a organização da Marcha paulista em pauta e datas importantes de nosso calendário de mobilização: Dia 8 de Março e a Marcha das Margaridas. A Marcha das Margaridas 2023 será nos dias 15 e 16 de agosto e seu lema é “Margaridas em marcha pela reconstrução do Brasil e pelo bem viver”.
Depois da plenária, a celebração. Festa para a companheira Sonia Coelho, que está de mudança para Santa Catarina. E carrega consigo a luta das mulheres, em qualquer lugar onde estiver.