Marcha Mundial das Mulheres Em marcha até que todas sejamos livres!
No final da tarde de ontem (13), as mulheres da Marcha Mundial fizeram uma grande plenária do movimento. O espaço foi de preparação para a manifestação do dia 14, tanto de organização prática quanto da linha política diante dos desafios impostos pela conjuntura. “Nós não estamos em Brasília para negociar com o Bolsonaro. Nós estamos aqui para arrancar esse Bozo do lugar onde ele nunca devia ter chegado. Vamos para a rua para protestar contra esse governo e não temos nenhum ponto de negociação”, disse Sonia Coelho, da Marcha Mundial das Mulheres de São Paulo.
A história da Marcha Mundial das Mulheres se entrecruza com a história da Marcha das Margaridas, que nasceu em 2000 como uma adesão ao movimento e sua campanha “2000 razões para marchar contra a pobreza e a violência sexista”. A Marcha das Margaridas é um momento importante de luta feminista, que alavanca as reivindicações das mulheres a nível nacional, porque, como disse Sonia, “o feminismo é uma grande ferramenta de luta da classe trabalhadora”.
Conceição Dantas, da MMM de Mossoró, rememorou: “Foi na Marcha das Margaridas de 2015 que nós puxamos o Fora Cunha pela primeira vez e denunciamos que um golpe entraria em curso. Nós hoje queremos tirar o Bolsonaro e todo seu governo, que está tirando nossos direitos”. A Marcha das Margaridas é um espaço para expor nossa resistência e também nossas alternativas, que são feministas, agroecológicas, solidárias e democráticas.
A plenária teve a participação de centenas de mulheres. A expectativa para o ato de hoje (14) é grande, e por isso a juventude organizou um ensaio da batucada feminista antes e depois da plenária. A música nova diz: “marcha, mulher, marcha / tô na rua e não me calo / viemos de todo canto botar pra fora o Bolsonaro”.
