Rio de Janeiro e Ceará debatem como as mulheres enfrentam as violências das empresas transnacionais

16/05/2025 por

As atividades reuniram em média 100 mulheres ao todo, e fazem parte do calendário da 6ª Ação Internacional da MMM no Eixo 1 “Defesa dos bens comuns contra as empresas transnacionais” .

Clique aqui para acessar os documentos preparatórios da 6ª Ação Internacional

As atividades públicas aconteceram no marco do dia 24 de abril – Dia de Solidariedade Feminista Internacional contra o poder das transnacionais .  A data recupera o dia 24 de abril de 2013 quando mais de 1.100 trabalhadores — a maioria mulheres — morreram no desabamento da fábrica Rana Plaza, em Bangladesh. Como afirma a MMM em sua declaração internacional este ano:

“Não foi um acidente, mas a consequência brutal de um sistema capitalista que coloca o lucro acima da vida. Atualmente, a mesma lógica alimenta a exploração global, a guerra e a destruição ambiental, conduzidas impunemente por corporações transnacionais”.  – Clique aqui para ler a declaração completa.

Resistência das comunidades frente a OSX Brasil no Porto do Açu, Rio de Janeiro

A Marcha Mundial das Mulheres de Campos dos Goytacazes – RJ realizou no dia 28 de maio o “Encontro de Mulheres Contra as Transnacionais” como parte das atividades da 6ª Ação Internacional da MMM no eixo 1 “Defesa dos bens comuns”.

O encontro, organizado em parceria com movimentos sociais, sindicatos, partidos progressistas e universidades aconteceu no Sítio do Birica  território que se tornou espaço de resistência no (5°) Distrito de São João da Barra, após a destruição da  área pela transnacional OSX Brasil para construção do Porto do Açu.

Foi um dia repleto de trocas e debates com almoço, mística e batucada feminista, ciranda infantil, intervenções e contribuições de mulheres lideranças da região para falar sobre os impactos

das transnacionais na vida das mulheres:  Noemia Magalhães,  liderança dos atingidos do (5°) Distrito de São João da Barra (MPA), fez um relato de luta e resistência da comunidade local contra o Porto do Açu; Melissa, representando o mandato da dep. estadual Marina do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST); Priscila da Comissão Pastoral da Terra (CPT);  tivemos a contribuição das companheiras Daniela e Clara da FASE ES, e o fechamento ficou por conta da Ana Priscila companheira da MMM do Rio de Janeiro.

As mulheres lembraram da importância do dia 24 de Abril como Dia de Solidariedade Feminista Internacional contra as empresas Transnacionais, como marco para denunciarmos a exploração e a destruição dos nossos corpos e territórios pelo sistema capitalista e pelas mãos (in)visíveis das corporações transnacionais. Foi um importante momento de luta e resistência feminista e anticapitalista.

Em Fortaleza as mulheres debatem os impactos das “energias limpas” na região

As mulheres se reuniram na Praça da Gentilândia, em Fortaleza, para dar continuidade ao debate sobre “Energia para o Bem Viver: Por Territórios Feministas e Soberanos” que aconteceu no Rio Grande do Norte. A atividade integra a programação da Escola de Formação Feminista e da 6ª Ação Internacional da Marcha Mundial das Mulheres.

Esse tema central compõe o Eixo 1 da 6ª Ação, que reafirma a defesa dos bens comuns frente às corporações transnacionais. Nesse contexto, também refletimos sobre justiça climática e a construção de alternativas que fortaleçam a soberania dos territórios, além de promover o protagonismo e a autonomia das mulheres.

O debate contou com as contribuições de três militantes da Marcha, Rejane Medeiros, Coordenadora Técnica do CF8, Mari Lacerda, vereadora de Fortaleza, e Adelle Azevedo, representando a ADELCO, somando vozes e perspectivas diversas ao diálogo sobre feminismo, território e bem viver.

O Eixo 1 também tem sido pauta de debates em outros estados. No Rio Grande do Norte, foi abordado durante a primeira turma da Escola de Formação; na Paraíba, a atividade está prevista para acontecer em breve, reforçando o caráter coletivo e articulado da nossa ação internacionalista e popular.

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