Marcha Mundial das Mulheres Em marcha até que todas sejamos livres!
A Marcha Mundial das Mulheres vem a público manifestar seu apoio às declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 13 de novembro, durante a chegada ao Brasil de brasileiros que se encontravam desde 7 de outubro sitiados e sob ataque do Estado de Israel em Gaza, na Palestina.
Lula afirmou que “se o Hamas cometeu um ato de terrorismo e fez o que fez, o Estado de Israel também está cometendo vários atos de terrorismo ao não levar em conta que as crianças não estão em guerra; ao não levar em conta que as mulheres não estão em guerra; ao não levar em conta que eles não estão matando soldados: eles estão matando junto crianças. Já são mais de 5 mil crianças e tem mais de 1.500 crianças desaparecidas que certamente estão no meio dos escombros e depois a destruição de tudo o que as pessoas levam décadas para construir – uma casa, uma rua, uma escola, um hospital e depois uma simples bomba detona aquilo sem ninguém assumir responsabilidade. Quem é que vai recuperar aquilo?”
Lula reafirmou seu compromisso de seguir tentando a paz e a justiça junto ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para “continuar cobrando de outros presidentes um comportamento humanista, um comportamento de afeto com crianças, mulheres, com crianças de berço e gente que está no hospital”.
Sua declaração fez referência ao veto dos Estados Unidos e ao voto contrário de Israel à proposta feita pelo Brasil de cessar-fogo e de garantia do acesso humanitário ininterrupto à área. Lembramos que a posição do Brasil é acompanhada por centenas de países do mundo que, juntos, pressionam para que os Estados Unidos, aliado histórico de Israel, vote pelo cessar-fogo já. O governo brasileiro, que recentemente esteve presidindo o Conselho de Segurança da ONU, trabalhou incessantemente pela possibilidade de acordos e pelo fim do genocídio do povo palestino, sem deixar de se solidarizar um momento sequer com as vidas perdidas no lado israelense após os ataques de 7 de outubro.
“Estamos alegres por vocês estarem aqui e estamos tristes por parte dos seres humanos que governam o mundo que de humano não têm mais nada porque se alguém não tem dó de soltar uma bomba para matar gente no hospital, para matar recém-nascido e para matar criança, eu sinceramente não sei que ser humano nós estamos falando (…) E se Deus quiser, vocês vão reconstruir a vida de vocês e um dia voltar a morar em Gaza, se for o desejo de vocês, quando os palestinos tiverem liberdade de construir o seu país como os judeus construíram o deles”, afirmou Lula.
Repudiamos as tentativas de distorção das falas do presidente Lula por setores de extrema direita. Denunciamos que as ações terroristas de Israel visam somente a limpeza étnica e o genocídio do povo palestino, com a matança de milhares de mulheres e crianças. Afirmamos que os reféns do Hamas são utilizados como desculpa para avançar a escalada de guerra e a ocupação e tomada total do território e dos recursos naturais da Palestina.
Por fim, reforçamos nossa solidariedade ao povo palestino e exigimos que o governo brasileiro revogue todos os acordos comerciais com Israel em áreas como segurança e tecnologia.
Cessar-fogo já!
Basta de genocídio das mulheres e crianças palestinas!
Mulheres livres, povos soberanos, Palestina livre do rio ao mar já!
Marcha Mundial das Mulheres
14 de novembro de 2023
