Mostrando a força da união das lutas por agroecologia e por democracia, uma delegação do ENA esteve presente no ato das e dos petroleiros em Betim, na REGAP.
O ato faz parte da agenda de mobilização das e dos petroleiros, que lutam contra a privatização da Petrobrás e a entrega do petróleo para as grandes empresas estrangeiras e neoliberais.
Os petroleiros deflagraram greve de 72h nesta semana, mas foram judicialmente criminalizados, com multas diárias exorbitantes de 2 milhões de reais, definidas para impedir a mobilização.
As falas pautaram o fim do neoliberalismo, a liberdade para Lula e a soberania brasileira sobre o petróleo. “O dinheiro do petróleo tem que ser para desenvolver o estado. Senão, acaba o petróleo e sobra a pobreza”, afirmou um dirigente.
Paulo Mansan, representando o ENA, fez uma saudação às e aos companheiros, convocando todas as pessoas a participar também do Encontro. “Estamos com uma delegação representando os estados que vieram ao ENA, em defesa dos petroleiros e 100% em defesa da Petrobrás. A Petrobrás é nossa!”, disse.
Estavam presentes movimentos sindicalistas, feministas e de juventude, de regiões de Minas Gerais e do Brasil, no ato, que reuniu cerca de 300 pessoas em frente à refinaria Gabriel Passos. Depois do ato, a categoria seguiu organizada, com uma assembleia.
Nós da MMM temos denunciado o impacto das medidas neoliberais do governo de Michel Temer sobre a vida das mulheres, e com relação à Petrobrás não é diferente. Com uma empresa soberana voltada para os interesses do Brasil, teríamos diversos recursos para a implementação de políticas que melhorariam a vida das mulheres.
Além disso, 12,3 milhões de domicílios passaram a usar lenha e carvão para cozinhar por causa do aumento do preço do gás de cozinha. Além de os preços altos pesarem mais entre os mais pobres, que são as mulheres e a população negra, são também as mulheres, ainda, as responsáveis pelo trabalho doméstico, ainda que invisibilizadas. Cozinhar à lenha é mais trabalhoso, exige o tempo e o esforço de buscar a lenha, em geral longe. As mulheres mais pobres já são mais sobrecarregadas de trabalho, e agora ainda tem mais este sobre-trabalho.
Estamos nas ruas contra o aumento do preço do gás de cozinha e dos combustíveis, e também contra a política de sucateamento e privatização da Petrobras.
Defender a Petrobras é defender o Brasil!
Leia mais sobre nosso posicionamento aqui: http://www.marchamundialdasmulheres.org.br/greves-de-caminhoneiros-e-de-petroleiros-o-que-nos-mulheres-temos-a-ver-com-isso/