De 05 a 10 de outubro, aconteceu a Semana Internacional de Luta Anti-imperialista, realizada por diversas organizações políticas e movimentos sociais do mundo inteiro, muitas delas articuladas na Assembleia Internacional dos Povos. A Semana, que aconteceria no final de maio, foi transferida para essa data e precisou ser reorganizada para mostrar a força do anti-imperialismo também nos meios virtuais.
O resultado foi uma semana intensa de materiais, atividades ao vivo e manifestações simbólicas, no Brasil, nas Américas e no mundo, com o objetivo de “mobilizar, nas redes e nas ruas, as organizações políticas e redes internacionais que lutam e resistem aos ataques cotidianos do imperialismo contra nossos povos e nossos territórios”.
No Brasil, as organizações reunidas pelo capítulo brasileiro da ALBA Movimentos se comprometeram com uma agenda de mobilizações em todo o país. Aqui, o ato de lançamento teve o tema “Brasileiros pela Paz na Venezuela“, acompanhando ações de denúncia às sanções ilegais dos EUA contra Cuba, Venezuela, Irã e outros países. Foi uma semana de muita formação e ações de redes (como postagem de materiais e tuitaços) em denúncia aos golpes de Estado imperialistas, ao militarismo e às guerras e também de debate sobre os desafios da juventude. No dia 08 de outubro, aconteceu o ato político-cultural “Che e o internacionalismo“ e, no dia 09, o lançamento do livro Che, pela Expressão Popular. As atividades virtuais se somaram a ações de solidariedade e a atos simbólicos em metade das capitais brasileiras: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Belém, Salvador, Fortaleza, São Luiz, Recife, Porto Velho, Porto Alegre, Curitiba e Florianópolis.
A luta anti-imperialista no Brasil se materializa na conexão com as lutas pela democracia, contra a precarização do trabalho, contra os golpes e a destruição da natureza. Por isso, uma série de vídeos foi publicada pela ALBA Movimentos durante a semana. Dois deles são de companheiras da Marcha Mundial das Mulheres: os vídeos que debatem o que o imperialismo tem a ver com o trabalho por aplicativos e com o trabalho das mulheres.
A Semana foi um marco importante para o debate internacional. A Marcha Mundial das Mulheres organizou o seminário “Lutas feministas e anti-imperialistas contra a militarização, a guerra e as sanções“, com participação de companheiras de Cuba, Venezuela, Palestina, Irã e Síria. O seminário foi transmitido em espanhol e inglês e foi um espaço muito potente de intercâmbio sobre as experiências, desafios e lutas feministas anticapitalistas e antirracistas nos territórios ao redor do mundo.
A Semana foi encerrada com o Festival Internacionalista dos Povos em Resistência, uma atividade virtual internacional com a presença de figuras importantes como Nicolás Maduro, Dilma Rousseff, Roger Waters, Rafael Correa, Rebeca Lane, Evo Morales, Aleida Guevara e de organizações internacionais como Vía Campesina, Marcha Mundial das Mulheres, FDIM. Com música, intervenções políticas, arte, poesia e ações anti-imperialistas de todas as partes do mundo, celebramos a luta internacionalista por um mundo digno, justo e solidário para a humanidade e o planeta.