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Todo apoio a Máxima Acuña! Nem no Brasil, nem na América Latina, nem no mundo, não nos calarão!

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Desde os tempos remotos da história, temos visto os povos do mundo em rebelião. Os motivos foram – e são – pelo o que há de mais simples, pelo direito à vida com acesso à terra, ao alimento e à água.

Somos nós, as mulheres, que primeiro nos erguemos e colocamos nossos corpos nas trincheiras, nosso único recurso. Desrespeitadas, violadas, assassinadas, seguimos resistindo.

Máxima Acuña, moradora de Cajamarca nos Andes Peruanos, plantava legumes e criava bichos com seu marido e filha. A gigante Norte Americana “Newmont”, aliada a uma empresa nacional peruana do mesmo ramo exploração, o ouro, viu naquele lugar possibilidades de mais extração desse minério. O lago que abastecia as casas, as plantações e os bichos seria drenado e ao final seria o local para descarga de dejetos tóxicos.

Ao negar-se a sair de sua terra, Máxima Acuña sofreu agressões físicas, teve sua casa destruída, seus bichos roubados e assassinados, despertou a fúria da empresa e do governo, mas também floresceu no coração de seu povo o desejo de resistência. Foram vários assassinatos mas, para a mineradora, nem a natureza, menos ainda o povo que ali vive e enterra seus mortos, tem valor.

Máxima, junto com os outros moradores, venceu na justiça o direito de permanecer em suas terras, mas a ameaça não os abandonou.

Há poucos dias, a liderança indígena e seu marido foram novamente agredidos ao reclamar da invasão de funcionários da mineradora em suas terras. Foram atacados a golpes na cabeça e corpo.  Máxima está gravemente ferida e foi encaminhada para atendimento hospitalar.

Somos solidárias à Máxima Acuña, a sua família e a todos os povos que resistem ao poder das transnacionais!

Estendemos nossa solidariedade ao povo de Minas Gerais, especialmente de Mariana, aqui no Brasil, que reconstrói a vida sem reparações nem responsabilização do rastro de morte que se transformou o Rio Doce, principal fonte de água de muitos municípios. Fora Samarco e  Vale!

Seguiremos em Marcha até que todas sejamos livres do capitalismo e do patriarcado!

Marcha Mundial das Mulheres

Setembro de 2016

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